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Crime Scene

O que é Antropologia Forense + 1º caso resolvido por ela

Livro de Sue Black é um mergulho na área

12/05/2022

Os leitores da linha Crime Scene já se depararam com essa área várias vezes, mas talvez ainda não saibam como os profissionais dela realmente trabalham. A Antropologia Forense reúne conhecimentos de Anatomia, Direito e Comportamento Humano para identificar, classificar e reconhecer padrões usados para solucionar casos que vão de abusos a assassinatos. 

Um profissional da área, chamado antropólogo forense, pode fazer parte do esforço para identificar indivíduos falecidos cujos restos mortais são incapazes de ser visualmente identificados por estarem decompostos, queimados ou mutilados. Atuando com patologistas, dentistas forenses e investigadores de homicídios, os antropólogos forenses são frequentemente chamados como testemunhas especializadas em julgamentos. Usando marcadores físicos presentes em um esqueleto, independente do estado em que ele esteja, um antropólogo forense pode determinar dados como idade, sexo, estatura e raça de uma pessoa. 

Além das características físicas do indivíduo, os antropólogos forenses fazem uso de seus conhecimentos para identificar anormalidades esqueléticas que potencialmente são a causa da morte, ajudando a solucionar diversos casos pelo mundo.

Para Sue Black, uma das principais anatomistas e antropólogas forenses do mundo, a morte é parte de sua profissão, mas também é um objeto de reflexão sobre a vida, uma forma diferente de olhar para o mundo e acontecimentos. Seu livro Ossos do Ofício mergulha no dia-a-dia da profissão e lhe traz uma face interessante, curiosa e, até mesmo, gentil.

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Sue Black nos conduz em um universo de esqueletos, mesas geladas de necrotérios, crimes misteriosos, pesquisas e viagens ao redor do mundo em busca de informações para a solução dos mais diversos e misteriosos casos.

A Antropologia Forense surgiu no século XIX e vem se modernizando e expandindo constantemente, agregando novas áreas a cada ano, como a Genealogia e Genética Forense.

Luetgert, 1897

O primeiro caso a realmente dar importância à área foi o de Adolph Luetgert e sua esposa, Louisa Luetgert.

Os Luetgert possuíam uma fábrica de salsichas em Chicago, a AL Luetgert Sausage & Packing Company, construída do zero por Adolph após alguns anos trabalhando em curtumes. Em 1º de Maio de 1897, a esposa de Adolph, Louisa, foi dada como desaparecida por sua família e, durante as buscas, uma testemunha relatou ter visto o casal entrando na fábrica, mas apenas Adolph saindo dela.

Durante a investigação, foi constatado que as brigas do casal eram frequentes e que existia um histórico de violência doméstica. Apesar de Adolph ter alegado que Louisa tinha ido visitar um parente, história que depois ele mudou para dizer que ela havia fugido com outro homem, os policiais fizeram uma busca em suas propriedades e um forte odor foi sentido vindo diretamente de uma das tinas onde as salsichas eram preparadas. Ao analisarem o equipamento, foram encontradas a aliança e um anel com a inscrição “LL”. Em uma fornalha próxima à tina foram encontrados fragmentos de ossos e um pedaço do que parecia ser um espartilho. Todas essas evidências estavam queimadas.

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Adolph foi levado a julgamento ainda em 1897, atraindo cobertura nacional e despertando o interesse da população para julgamentos sobre crimes. Durante a fase de acusação, o antropólogo forense George Dorsey testemunhou contra ele mas não conseguiu convencer o júri, o que resultou num empate. A defesa argumentou que Louisa havia deixado a casa por vontade própria e teria sido avistada por várias pessoas em outros locais.

No ano seguinte, em novo julgamento, Dorsey apresentou seu argumento para acusar Adolph com base nos fragmentos de ossos encontrados na fábrica do casal. Segundo o especialista, o corpo de Louisa havia sido dissolvido em uma solução cáustica e seus restos foram cremados na fornalha.

Esse segundo julgamento considerou Adolph culpado e o sentenciou à prisão perpétua. Ele faleceu 18 meses depois, aos 53 anos, de ataque cardíaco.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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