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Os 6 principais mitos sobre serial killers

Investigue além dos estereótipos desses assassinos

17/11/2022

Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, BTK, John Wayne Gacy… se você é um DarkSider fã dos livros da marca Crime Scene® já deve estar bem familiarizado com todos esses nomes. Quem já leu bastante sobre esses casos começa até a encontrar alguns padrões que se repetem entre eles, o que pode levar a algumas conclusões precipitadas e a alguns mitos sobre serial killers.

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Livros como Mindhunter Profile: Serial Killers ajudam a ir um pouco além dessas noções pré-concebidas que temos sobre assassinos em série. O agente do FBI Robert K. Ressler foi um dos investigadores que ajudou a catalogar os comportamentos e perfis desses criminosos. Mas a existência de padrões não significa que todos eles ajam da mesma maneira, tenham as mesmas motivações e, infelizmente, não ajuda a evitar que novos serial killers apareçam.

mindhunter profile

A Caveira investigou arquivos do próprio FBI para alertar quanto aos principais mitos sobre serial killers:

1. Todos os serial killers são homens brancos

Assassinatos em série não são exclusividade de um sexo e nem de uma raça, prova disso são todos os casos relatados em Lady Killers: Assassinas em Série, obra dedicada às assassinas seriais mulheres. No entanto, é compreensível por que esse mito chega tão longe, afinal, em muitos casos as serial killers são representadas como uma vítima manipulada por um homem dominante. Segundo o livro Serial Murderers and Their Victims [Assassinos seriais e suas vítimas], de Eric W. Hickey, aproximadamente 17% dos assassinatos em série dos Estados Unidos são cometidos por mulheres.

Essa variedade também se aplica à etnia dos assassinos, que podem vir de diferentes grupos, não apenas os caucasianos. A diferença é que geralmente são os brancos que ficam famosos, como Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, Dennis Rader e Gary Ridgway, por exemplo. Segundo o site do FBI, a diversidade racial de serial killers nos Estados Unidos reflete as proporções populacionais do país.

2. Serial killers são todos solitários disfuncionais

É fácil imaginar que um assassino em série viva sozinho e tenha dificuldade para se relacionar, mas a verdade é que a maioria deles não é reclusa e nem vive sozinha. Eles não têm uma aparência monstruosa e se escondem a olhos vistos em suas comunidades. 

Frequentemente eles têm lares e famílias, possuem um emprego fixo e agem normalmente em seu círculo — e é justamente essa aparente normalidade que permite que eles se escondam por tanto tempo. Gary Ridgway, o assassino de Green River, era casado e frequentava a igreja. Dennis Rader era líder dos escoteiros. Ted Bundy e John Wayne Gacy eram envolvidos com partidos políticos. É justamente essa capacidade de se misturar que os torna tão perigosos.

3. Eles agem em vários lugares

Ted Bundy é uma das raras exceções de um assassino em série que viajou e matou em diferentes estados. Ele escapou duas vezes da polícia e cometeu pelo menos trinta homicídios nos estados de Washington, Utah, Florida, Colorado, Oregon, Idaho e Califórnia. Mas isso não é comum entre serial killers.

A maioria deles têm áreas de operação bem definidas, normalmente numa localidade que funcione dentro da zona de conforto desses assassinos: uma área com a qual eles estão familiarizados o suficiente para perseguir e matar suas presas. Jack, o Estripador, por exemplo, só matava no pequeno distrito de Whitechapel.

LEIA TAMBÉM: SUSPEITOS INCOMUNS: 6 PESSOAS ACUSADAS DE SEREM JACK, O ESTRIPADOR

Essa zona de conforto frequentemente é definida por algum ponto de referência, como a casa ou o local de trabalho do assassino. Estatísticas criminais revelam que serial killers têm maior probabilidade de cometer seu primeiro homicídio perto da própria casa. Eles somente expandem sua abrangência geográfica quando se sentem seguros o suficiente para continuarem cometendo os crimes sem serem pegos.

Relatórios do FBI revelam que pouquíssimos predadores seriais viajam para matar, e os que fazem isso costumam se enquadrar em uma dessas categorias: 1) indivíduos itinerantes que se mudam com alguma frequência; 2) indivíduos que não possuem casa e vivem como nômades; ou 3) indivíduos cujo emprego os leva a viajar com frequência, como motoristas de caminhão ou militares.

4. Serial killers são loucos ou gênios do mal

Um mito frequente é de que assassinos em série possuem uma condição mental debilitante ou são extremamente espertos e inteligentes. De modo geral, serial killers podem sofrer de uma variedade de distúrbios de personalidade, como psicopatia, personalidade antissocial, entre outros, que não são classificados como doenças mentais pela Associação Americana de Psiquiatria.

Eles também não costumam ser considerados insanos aos olhos da lei. Para isso, o serial killer precisaria não entender que está violando a lei enquanto comete o assassinato para ser considerado legalmente insano. Essa classificação foi adotada nos Estados Unidos para limitar a quantidade de assassinos em série considerados legalmente insanos. Criminosos como John Wayne Gacy e Dennis Rader sabiam que o que estavam fazendo era errado e ilegal, mas suas compulsões para matar os levavam a ignorar a lei e achar que sairiam impunes.

A mídia também fomentou o mito de que serial killers são gênios do mal e que têm uma inteligência acima da média, como no caso de Hannibal Lecter ou John Doe, do filme Se7en. A verdade é que a maioria dos assassinos em série que tiveram seus QIs testados pontuaram entre inteligência limítrofe e levemente acima da média, o que reproduz dados da população como um todo. 

Diferentemente do que se acredita, não é a inteligência excepcional desses assassinos que faz com que seus crimes sejam bem-sucedidos, mas sim a sua obsessão, planejamento meticuloso e uma personalidade fria, frequentemente psicopática, que permite que eles matem por longos períodos sem serem pegos.

5. Todos os assassinos em série são motivados por sexo

Nem todos os serial killers são motivados sexualmente. Há muitas outras motivações, como raiva, adrenalina, ganho financeiro e busca por atenção. Um exemplo é o de John Allen Muhammad, um ex-sargento do exército norte-americano, e Lee Boyd Malvo, que mataram principalmente por raiva e pela excitação que isso provocava. Eles aterrorizaram as linhas de metrô de Washington por semanas, atirando em treze pessoas e matando dez delas. Eles ainda deixavam bilhetes para a polícia pedindo dinheiro para que parassem com os assassinatos.

Outro caso é o de Paul Reid, que matou pelo menos sete pessoas durante assaltos a lanchonetes no Tennessee. Depois de controlar suas vítimas, ele esfaqueava ou atirava nelas. A motivação para os latrocínios era a eliminação das testemunhas e os roubos eram praticados para ganho financeiro — parte do dinheiro roubado foi utilizado para comprar um carro.

6. Eles não conseguem parar de matar

Acredita-se amplamente que, uma vez que um assassino em série começa a matar, ele não consegue mais parar. Existem, no entanto, alguns exemplos de serial killers que pararam com os assassinatos antes de serem descobertos. Normalmente esses casos envolvem eventos ou circunstâncias na vida do criminoso que os inibe de aumentar o número de vítimas, o que pode incluir aumento na participação da vida familiar, substituição sexual e outras “distrações”.

Dennis Rader, o assassino BTK, é um exemplo de quem cometeu assassinatos entre 1974 e 1991. Ele não matou mais ninguém até ser capturado em 2005. Em um de seus interrogatórios, ele admitiu que começar a praticar atividades autoeróticas funcionou como um substituto aos homicídios.

LEIA TAMBÉM: 6 FATOS PERTURBADORES SOBRE O ASSASSINO BTK

Você ainda acreditava em algum desses mitos sobre serial killers? Conta pra gente nos comentários.

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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