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Série Fallout chama atenção pelo gore

Você conseguiria lidar com o que resta após o apocalipse?

29/04/2024

Não é de hoje que o cinema e a televisão criam narrativas sobre o apocalipse. Desde muito cedo filmes e séries exploram o fascínio e o receio de como e quando nossa sociedade chegará ao fim. Será um desastre ambiental? Um vírus com o poder de dizimar grande parte da população? Um fungo mortal? Zumbis? Uma guerra nuclear? As explicações são vastas, complexas e bastante criativas. 

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Mas e o que acontece depois do apocalipse? Como vivem aqueles que sobreviveram em uma Terra devastada? Em uma Terra onde as leis e os costumes de antigamente não são mais aplicados? Esses são alguns dos pontos de partida da franquia de jogos Fallout, que chegou às plataformas no remoto ano de 1997. Sucesso entre os fãs, os jogos frequentemente são listados entre os melhores títulos de todos os tempos, enaltecidos por seu enredo e jogabilidade.

Considerando todo esse sucesso, não foi surpresa nenhuma quando a Amazon Prime Video anunciou em 2020 que estava desenvolvendo uma série de televisão baseada na icônica franquia. Criada por Lisa Joy e Jonathan Nolan, Fallout entrou oficialmente em produção em janeiro de 2022, chegando finalmente ao público em 10 de abril de 2024 com uma temporada de oito episódios. 

fallout

Estrelada por Ella Purnell (Yellowjackets), Walter Goggins (Justified) e Aaron Moten (Disjointed), a série se passa cerca de 200 anos após um apocalipse nuclear dizimar a superfície da Terra. Enquanto alguns sobreviventes conseguiram se refugiar debaixo da terra em abrigos de luxo conhecidos como Vaults, outros desafortunados foram abandonados à própria sorte para sofrer os efeitos da radiação e destruição. Eis que em 2296, Lucy MacLean (Purnell), uma inocente jovem do Vault 33 deixa a segurança de sua idílica casa subterrânea para procurar o pai (interpretado por Kyle MacLachlan de Twin Peaks), sequestrado por um grupo de mercenários e levado para a perigosa superfície. Ao chegar na paisagem infernal que seus ancestrais deixaram para trás, Lucy encontra um universo implacável habitado por seres complexos que fazem de tudo para sobreviver nesse mundo hostil.

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Fallout chama bastante a atenção por apresentar uma história alternativa da humanidade onde os avanços na tecnologia nuclear após a Segunda Guerra Mundial criaram uma sociedade retrofuturista marcada pelo constante medo da aniquilação nuclear. Assim como os jogos, a série satiriza a ideia do sonho americano e as fantasias norte-americanas dos anos 1950 e 1960 acerca da sobrevivência após um conflito nuclear, encontrando inspiração também nas revistas pulp e em franquias cinematográficas como Mad Max.

Embora o roteiro da série não seja adaptação de nenhuma história existente nos jogos, o show foi confirmado como canônico dentro do universo de Fallout. Justamente por ser canônica, a série honra o legado dos videogames e traz cenas violentas com muitos momentos de gore. Enquanto a violência não é surpresa para os jogadores familiarizados com a franquia, ela pode causar certo estranhamento nos espectadores que acabaram de descobrir esse mundo pós-apocalíptico, que logo nos primeiros minutos já mostra ao que veio. 

fallout

A violência do apocalipse

Enquanto a violência de Fallout pode ser desconfortável, ela está longe de ser gratuita. Pelo contrário. O sangue e a brutalidade servem para estabelecer a narrativa de um mundo abandonado à própria sorte onde a violência simplesmente faz parte do cotidiano. Um mundo onde a violência faz parte do jogo de sobrevivência

Inicialmente, a brutalidade da superfície funciona para criar uma dicotomia entre aqueles que conseguiram se refugiar nos bunkers de luxo e aqueles que foram deixados para trás. No entanto, logo percebemos que essa dicotomia é uma grande mentira. O que Fallout quer nos mostrar é que heróis podem facilmente se transformar em vilões e que nem tudo é o que parece ser. Não há espaço para moralismo ou julgamentos nesse mundo futurista e as coisas são muito mais complexas e fluidas do que imaginávamos. 

Um dos pontos que mais surpreende é como a série encontrou diferentes formas de abordar a violência, que literalmente explode em seus minutos iniciais. De forma sombria, mas bastante realista, Fallout começa seu primeiro episódio com a violência nuclear que destrói a cidade de Los Angeles, interrompendo uma festa de aniversário infantil e dando início ao fim do mundo. É a violência banal que adentra o espaço mais íntimo do cotidiano e não poupa absolutamente ninguém. Nem mesmo as crianças. 

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A partir disso, somos confrontados em cenas marcadas pelo gore e horror corporal. São criaturas mutantes, partes de corpos decepadas e apodrecidas, consumo de carne humana, tiros abruptos na cabeça, assassinatos casuais, experimentações bizarras e assim por diante. Ninguém escapa dessa violência física porque ela simplesmente faz parte desse mundo. Morte e sangue não incomodam mais tanto, tornando-se meras ocorrências diárias em um futuro em que pessoas e seus corpos podem ser facilmente substituídos. A vida, assim como a morte, se torna algo banal e aqueles que desejam sobreviver devem se adaptar a essas condições. 

Enquanto toda essa violência funciona como um aceno para os jogos, ela também explicita os temas principais da série, como a ganância das corporações e a fragilidade do que chamamos de civilização. Com seu gore inesperado, Fallout escancara a natureza violenta do ser humano, expondo as mentiras da pretensa cordialidade e civilidade. Tudo para construir uma narrativa que subverte nossas expectativas. Afinal, estamos falando de uma série cujo personagem mais carismático é um necrótico sem nariz que ganha a vida como caçador de recompensas.

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No entanto, engana-se quem acha que esses questionamentos contribuem para a criação de uma série extremamente séria ou pessimista. Ao assumir um ritmo frenético e bizarro, Fallout consegue conciliar grandes quantidades de sangue e violência com momentos inesperados que rendem risadas genuínas. O mundo de Fallout é violento e brutal. É nojento e repleto de atitudes questionáveis. No entanto, isso não quer dizer que o humor é deixado de lado. Afinal, a série entende muito bem que em um futuro pós-apocalíptico às vezes rir realmente é o melhor remédio

O futuro que mora logo ali

Enquanto os oito episódios da primeira temporada de Fallout mal chegaram na Amazon Prime Video, os fãs já tiveram a boa notícia de que a série foi renovada para mais uma temporada. Enquanto espera por mais notícias, a Caveira tem uma dica valiosa para os DarkSiders interessados na temática do fim do mundo. Afinal, Fallout não é a única obra que aborda o apocalipse e o fim da civilização, não é mesmo?

Em Colapso, publicado pela DarkSide® Books, Roberto Denser nos leva para um mundo pós-apocalíptico onde um desastre global transformou cidades em ruínas vazias e pequenos grupos humanos precisam se engajar em lutas diárias de sobrevivência. Romance de estreia de Denser, Colapso apresenta personagens reais, forçados a confrontar suas naturezas e que restou da sociedade em um ambiente hostil e estéril. Colapso é a leitura ideal para os fãs de Fallout. Uma narrativa brutal e visceral que traz a batalha da sobrevivência diária em um mundo desolado e sombrio. Uma história que explora a fragilidade da civilização e a violência que reside em todos nós.

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Respire fundo e se prepare para um futuro violento, impiedoso e brasileiro que está logo ali. 

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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