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Tudo que sabemos sobre O Telefone Preto

Prestes a chegar no Brasil, filme traz diversas referências clássicas

09/07/2022

Poderia um telefone receber ligações do além? No novo filme da Blumhouse, não apenas o aparelho pode receber ligações do além como pode ajudar um garotinho a salvar sua vida. 

Estrelado por Ethan Hawke no papel mais assustador de sua carreira, O Telefone Preto é produzido, dirigido e co-escrito por Scott Derrickson, o roteirista e diretor de A Entidade, O Exorcismo de Emily Rose e Doutor Estranho da Marvel. O filme chega aos cinemas brasileiros no dia 21 de Julho.

Finney Shaw, um menino tímido e inteligente de apenas 13 anos, é sequestrado por um assassino sádico e preso em um porão à prova de som, onde gritar é de pouca utilidade. Quando um telefone desconectado na parede começa a tocar, Finney descobre que pode ouvir as vozes das vítimas anteriores do assassino. E elas estão determinadas a garantir que Finney não terá o mesmo destino.

Créditos: Blumhouse

Baseado no conto The Black Phone, de Joe Hill, o longa é uma colaboração entre Scott Derrickson e C. Robert Cargill que vinha sendo planejada desde que a dupla estava envolvida com Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Com a saída de ambos do filme da Marvel, o caminho estava livre para produzir a adaptação.

Parceria de longa data

Essa não é a primeira vez que Ethan Hawke se une a Derrickson: em 2012, o longa A Entidade trouxe Hawke em um papel tão sinistro que ele quase não o aceitou quando leu o roteiro. No ano seguinte, a dupla repetiu a parceria em Uma Noite de Crime (alguns olhos atentos podem notar a leve semelhança entre as máscaras usadas nesse filme e a máscara usada por Hawke em Telefone Preto). 

Créditos: Blumhouse

Na 3ª vez em que a dupla se encontrou, não foi para produzir um terror. The Good Lord Bird, série co-criada por Hawke, traz a história do abolicionista John Brown e de um escravo que lideram um grupo que luta pelo fim da escravidão.

Créditos: Blumhouse

Para tornar o filme ainda mais assustador, os produtores sabiam que precisariam de uma máscara icônica e aterrorizante. Partindo da premissa de que a máscara deveria representar um demônio e de que seria usada durante a maior parte do filme, Derrickson estava ciente de que acertar o design seria crucial para o sucesso do longa, tanto artística quanto comercialmente.

Criação da máscara

A criação da máscara exigiu muita pesquisa (e muitos orçamentos) até o projeto final, que foi executado por ninguém menos que Tom Savini, um dos maiores maquiadores de todos os tempos. Responsável pela maquiagem e efeitos visuais de grandes clássicos slasher como Sexta-feira 13, Despertar dos Mortos e XXX, Savini credita seu interesse em maquiagem ao trabalho de Lon Chaney, o Homem de Mil Faces.

LEIA TAMBÉM: TOM SAVINI: O MESTRE DAS MAQUIAGENS DOS FILMES DE TERROR

Créditos: Blumhouse

O Callosum Studios, dirigido por Tom Savini e Jason Baker, é especializado em efeitos visuais e criação de máscaras personalizadas. Enquanto Savini se ocupou no design, Baker foi o responsável pela produção da máscara que envolveu, entre outras coisas, a criação de um molde do rosto de Hawke:

“Uma das maiores coisas que Scott [produtor do filme] disse foi ‘Nós temos que ver os olhos de Ethan, não importa o que aconteça. Estamos contratando alguém como Ethan Hawke? É por isso que os olhos estão tão arregalados na máscara, então você pode ver que é Ethan.”

Em entrevista ao Entertainment Weekly, Baker detalhou como se deram os teste das máscaras:

“Levamos todas as máscaras ao escritório de Ethan para garantir que tudo se encaixasse e ele estivesse confortável. Ethan é tão doce e acolhedor. Eu apareço e Ethan tem, tipo, um café com leite de soja e um muffin vegano para mim. Então ele coloca as máscaras, e de repente as coisas começam a clicar, você pode ver as engrenagens começando a virar, e eu fico tipo ‘eu sei que fiz isso, mas eu não gosto e quero ir embora’. É plena luz do dia e ele está fazendo pequenas manobras e sussurrando e falando. Eu fiquei tipo: Isso é aterrorizante.”

As referências usadas são os monstros da década de 1920, como Gwynplaine (personagem vivido por Conrad Veidt no longa O Homem que Ri) e Professor Edward C. Burke (personagem vivido por Lon Chaney em London After Midnight). Aliás, Lon Chaney foi o responsável pela criação dos vilões com sorrisos diabólicos em uma época em que os maquiadores de cinema ainda não eram muito comuns.

Telefones no terror

Outro elemento de destaque é o telefone que, inclusive, dá nome ao filme. Pelo menos desde a década de 70, o aparelho vem ganhando bastante destaque no terror, sendo um elemento central em filmes como Quando um Estranho Chama (1979), Pânico (1996) e O Chamado (2002).

LEIA TAMBÉM: TELEFONEMAS MORTAIS

SCREAM, Drew Barrymore, 1996

Se por um lado o telefone pode ser uma ameaça quando utilizado para aterrorizar os protagonistas, por outro lado ele também pode ser encarado como uma ferramenta para escapar dos perigos. É por isso que muitos diretores estão desenvolvendo soluções criativas para tornar os telefones inutilizáveis. Um exemplo disso é o filme Corra!, de 2017; nele, Chris Washington (Daniel Kaluuya) passa a desconfiar que as coisas estão realmente saindo do controle ao notar que alguém anda desconectando seu celular da tomada quando ele tenta carregá-lo.

Créditos: Universal Pictures

No caso do filme O Telefone Preto, o aparelho não conseguiria oferecer uma solução para Finney porque está desconectado, mas ao receber ligações de pessoas mortas, o telefone passa a ser explorado de uma forma que poucos filmes o fizeram: ele é transformado em um aparelho que consegue se conectar com o além.

Créditos: Blumhouse

Misturando serial killers com máscaras assustadoras, histórias sobrenaturais e fantasmas atormentados, O Telefone Preto traz uma nova faceta de Ethan Hawken — conhecido por papéis sérios e de mocinhos — o astro encara um de seus primeiros vilões.

A herança de Lon Chaney

Lon Chaney surpreendeu o mundo com suas transformações e maquiagens que desafiavam os padrões da época. “O Homem de Mil Faces”, como ficou conhecido, era um mago inovador da maquiagem e aterrorizava o público com criações macabras e bem construídas que deram força a suas obras. Pioneiro no ofício de maquiador, Lon Chaney usou sua experiência para se esconder e encantar. 

Créditos: Metro-Goldwyn-Mayer

Chaney pode até ter vivido há mais de um século, mas deixou um importante legado para o cinema no que diz respeito ao uso de maquiagem como efeitos especiais, inspirando artistas como o igualmente metamorfo ator Doug Jones — de O Labirinto do Fauno e A Forma da Água —, até Tom Savini, a lenda das maquiagens e efeitos visuais. Sua vida e obra foram narradas no quadrinho Fala Comigo, Lon Chaney, de Pat Dorian, publicado pela DarkSide® Books.

Uma homenagem nostálgica e espirituosa a um grande ator, que influenciou muitas gerações de comediantes e humoristas, chegando até os dias de hoje, e que também reverencia os tempos do cinema mudo em que Lon Chaney construiu sua carreira artística, este lançamento vai encantar os fãs do cinema, dos quadrinhos e das artes visuais. Acomode-se na poltrona. O filme acaba de começar.

LEIA TAMBÉM: 7 CURIOSIDADES SOBRE A DISCRETA VIDA DE LON CHANEY

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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