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13 Curiosidades sangrentas sobre a franquia Sexta-feira 13

Desenterre esses segredos de Crystal Lake

12/01/2023

Concebido para ser apenas um filme lucrativo através da manipulação inteligente do gênero do terror, Sexta-feira 13 se tornou um marco que inspirou incontáveis imitações, referências na cultura pop e diversas continuações — para o bem ou para o mal.

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Foi em 1979 que um grupo de atores desconhecidos, um diretor desesperado por um sucesso e um visionário dos efeitos especiais se reuniram nas florestas de New Jersey para criar algo que se tornaria uma verdadeira lenda cinematográfica. Hoje, a produção se tornou um título essencial entre os slashers e uma das franquias mais persistentes do gênero.

Se você é que nem a Caveira e não se cansa de saber cada vez mais sobre Jason Voorhees e todo o universo de Crystal Lake, separamos aqui 13 curiosidades sangrentas sobre essa franquia que, assim como seu assassino, não morre nunca!

1. O primeiro filme foi anunciado antes de ter dinheiro para ser produzido

Na esperança de “bombar” a publicidade do seu projeto, o cineasta Sean Cunningham divulgou um anúncio na edição de 4 de julho de 1979 da Variety contendo a logo da franquia explodindo através do vidro. Naquela época, o escopo do filme já existia, mas a Georgetown Productions ainda não tinha fechado o investimento — um problemão para a estreia já anunciada para novembro daquele ano. No fim das contas o plano deu certo e Cunningham conseguiu levar o projeto adiante.

poster sexta-feira 13
© 1979 Cunningham Films Ltd.

2. A inspiração original foi Halloween

Olha esse Michael Myers atacando novamente! Em 1978, Cunningham estava buscando um modelo para criar o seu sucesso de bilheteria — o que ele encontrou com o filme de John Carpenter que se tornou um clássico absoluto do gênero. Embora no fim das contas Sexta-feira 13 e Halloween não tenham muito em comum além da fórmula dos slashers, Cunningham garante que foi fortemente influenciado pela estrutura do filme de Carpenter.

LEIA TAMBÉM: TODOS OS FILMES DE HALLOWEEN EM ORDEM CRONOLÓGICA

Dica da Caveira: se você é um aficionado do cinema de terror e quer saber mais sobre a franquia iniciada por John Carpenter, o livro Halloween: O Legado de Michael Myers é uma obra essencial para saciar a sua sede por conhecimento.

halloween

3. O acampamento em que foi filmado ainda existe

O famoso acampamento de Crystal Lake existe de verdade, só que sob o nome de Camp No-Be-Bo-Sco, destinado a escoteiros. O estabelecimento utilizado pelas filmagens em 1979 ainda está em operação, com direito a uma lojinha de souvenires de Sexta-feira 13 — lá tem até pedaços da madeira do deck utilizado no filme e garrafas com água do lago. Às vezes o acampamento realiza tours temáticos do filme que atraem fãs do mundo inteiro.

acampamento sexta-feira 13
campnobebosco.org

4. Tom Savini “cozinhou” os efeitos especiais no próprio acampamento

Sexta-feira 13 ajudou Tom Savini a se tornar a lenda dos efeitos especiais, da mesma forma que Savini fez do filme o marco slasher que ele representa. E quem conhece o trabalho desse mago do cinema — se não conhece, corre aqui pra saber tudo sobre ele em Tom Savini: Vida Monstruosa — sabe que ele é um verdadeiro MacGyver e que não existem barreiras para a sua criatividade

Durante a produção de Sexta-feira 13, ele e o assistente Tato Stavrakis (guarde esse nome) usaram a cozinha do acampamento para finalizar alguns efeitos de maquiagem. Segundo o próprio Savini, muitas das próteses de látex utilizadas nas cenas dos assassinatos foram assadas nos fornos de pizza do estabelecimento. Imagina a decepção da galera em descobrir que aquela massa saborosa era só mais uma meleca do Savini.

5. A morte de Kevin Bacon quase deu errado

Se você se lembra de uma morte específica do filme original é essa aqui:

Só que não foi tão fácil assim de passar uma flecha no pescoço do Kevin Bacon. Para que isso funcionasse, o ator precisou se espremer debaixo da cama e passar a cabeça através de um buraco no colchão. Mas não é só isso, ele precisou encaixar a cabeça numa prótese de látex simulando o pescoço, para dar a impressão de que estava deitado. Conseguir esse encaixe levou horas em uma posição bem desconfortável para Bacon.

Mas a treta não acaba aqui, o próprio Tom Savini também estava debaixo da cama para conseguir empurrar a flecha para cima. Tem lugar pra mais um? Não, mas isso não importa: o assistente também estava ali para conseguir espirrar o sangue cenográfico. Tudo pronto? Sim, só seria uma pena se a bomba de sangue falso desencaixasse, o que realmente aconteceu. Para evitar passar por tudo aquilo de novo, Stavrakis pegou a mangueira e a assoprou para que o sangue pudesse sair, salvando a cena e a santa paciência da galera enlatada debaixo da cama.

6. Um ator ficou temporariamente cego pelo sangue cenográfico

Para a cena em que Bill (Harry Crosby) é morto por várias flechas, com direito a uma acertando o seu olho, Tom Savini usou uma fórmula de sangue cenográfica que continua uma substância chamada PhotoFlo, que deveria fazer com que o líquido encharcasse as roupas e parecesse mais real. Infelizmente o produto não é recomendado para produzir um “sangue seguro”, destinado aos rostos dos atores. Quando a cena foi filmada, o líquido acabou entrando nos olhos do ator, causando uma dor intensa quando a prótese foi removida. Crosby precisou ser levado ao hospital para tratamento, mas felizmente acabou ficando bem.

sexta-feira 13 bill
© 1980 – Paramount Pictures/Divulgação

7. Quase que AQUELA cena no lago não aconteceu

Há controvérsias quanto à autoria DAQUELA cena final no filme, na qual um Jason deformado pula do lago e agarra Alice (Adrienne King) enquanto ela está em uma canoa. Victor Miller, Tom Savini e o roteirista não creditado Ron Kurz alegam serem os pais da criança. Kurz argumenta que foi ele quem transformou Jason em uma “criatura” e Savini afirma que se inspirou na cena final de Carrie, a Estranha. De qualquer modo, a cena não constava no roteiro original de Miller, que tecnicamente acaba levando os créditos por ela.

sexta-feira 13 cena do lago
© 1980 – Paramount Pictures/Divulgação

8. A música tema veio de um diálogo 

Em seu trabalho de composição da trilha do filme, Harry Manfredini estava procurando algum som peculiar, capaz de ser identificado sempre que o assassino aparecesse. Quando viu pela primeira vez uma cópia do longa, ele ouviu a voz da Sra. Voorhees imitando Jason e dizendo “Mate-a, mamãe!” e decidiu que ali estava a resposta que buscava. A partir disso, ele tirou duas sílabas do diálogo, “ki” e “ma”, do inglês “kill mommy”, para criar o icônico som e colocá-lo na trilha.

9. Várias pessoas já interpretaram o assassino

Sim, em mais de quarenta anos e uma dúzia de filmes a gente sabe que Jason já foi interpretado por mais de uma dezena de atores. Mas você sabia que até mesmo no original o assassino foi interpretado por várias pessoas? Isso aconteceu porque quando as filmagens já estavam acontecendo, Cunningham ainda estava procurando uma atriz para interpretar a Sra. Voorhees, ou seja, muitas cenas foram gravadas antes da chegada de Betsy Palmer. Enquanto isso, os próprios membros da produção quebravam um galho na pele do serial killer. Um exemplo é a cena da morte de Annie (Robbi Morgan), que contou com uma ajudinha (mais uma!) do assistente de efeitos especiais, Taso Stavrakis (olha ele de novo!).

pamela voorhees
© 1980 – Paramount Pictures/Divulgação

10. Não era pro Jason ter se tornado o astro da franquia…

Tal qual Halloween, Sexta-feira 13 também deveria ter se tornado uma antologia, com outras histórias em torno da tão temida data. No entanto, assim que Jason ressurge da água no original e dá aquele susto na galera, ele acabou se tornando o ponto central da história.

11. … e o roteirista odiou que ela tomou esse rumo

Apesar de ter dado toda uma mitologia macabra à franquia, a verdadeira vilã de Sexta-feira 13 é a mãe dele. Para Victor Miller isso era uma característica muito importante da história. Por isso, quando a sequência colocou Jason como o novo assassino, o roteirista ficou decepcionado. “Para falar a verdade, eu não vi nenhuma das sequências, mas eu tenho um grande problema com todas elas porque tornaram Jason no vilão”, defende Miller. O escritor ainda lembra que Jason era uma vítima, e não o vilão.

12. Jason já foi o assassino mais letal dos slashers

Existe um motivo para Jason Voorhees ter se tornado um dos vilões mais icônicos do terror, e nem estamos falando da sua famosa máscara de hóquei. Até 2019 ele detinha o recorde de mortes, mas recentemente foi ultrapassado pela sua principal inspiração, Michael Myers, que aumentou a contagem de corpos graças à nova trilogia. Com novas produções ventiladas, é possível que logo ele assuma a dianteira novamente: Jason tem 157 mortes contra 160 de Myers

13. Ele até ganhou um prêmio da MTV pela carreira

Bem longe das formalidades do Oscar®, o MTV Movie Awards é uma premiação bem mais descontraída da indústria cinematográfica. Em 1992, apesar de não aparecer diante das câmeras desde 1988, a cerimônia concedeu ao personagem um prêmio honorário pelo conjunto da obra graças ao seu “impacto na arte do cinema”. Ele foi o primeiro de uma limitada seleção de personagens fictícios agraciados com o prêmio, como Godzilla e Chewbacca. Jason foi receber sua homenagem de máscara e smoking, interpretado pelo ator e comediante Jon Lovitz

jason mtv movie awards
MTV/Reprodução

LEIA TAMBÉM: DESCUBRA AS ORIGENS POR TRÁS DA SUPERSTIÇÃO DA SEXTA-FEIRA 13

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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