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4 Livros da DarkSide para quem amou Pobres Criaturas

Um mergulho no mundo científico e fantástico de Bella Baxter

29/02/2024

Ciência, medicina, monstruosidade e a busca humana pelo nosso lugar no mundo. Esses são apenas alguns dos temas que embalam a jornada fantástica da personagem Bella Baxter em Pobres Criaturas, filme de Yorgos Lanthimos estrelado por Emma Stone e candidato a 11 estatuetas do Oscar®.

O longa consegue capturar os questionamentos existenciais do livro no qual foi baseado, de Alasdair Gray, e uni-los a um magnífico design de produção que mistura mundo real e fantasia em uma construção de mundo inspirada na arquitetura de Antoni Gaudí.

Na história, Bella é uma mulher que ao mesmo tempo é fruto de um experimento: o cientista Godwin Baxter (Willem Dafoe) encontrou seu corpo praticamente sem vida e substituiu o cérebro da mulher pelo do feto que ela estava gestando no momento de sua morte. Com um cérebro que se desenvolve de maneira semelhante ao de uma criança, Bella é criada em um ambiente de ciência e medicina, mas logo decide que quer conhecer o mundo além dos domínios de seu criador, ao mesmo tempo em que tenta entender quem é e qual é o seu lugar.

Se você também ficou fascinado com o filme e quer mergulhar ainda mais fundo nesse universo, a Caveira separou quatro livros publicados pela DarkSide® que têm tudo a ver com Pobres Criaturas:

1. Frankenstein

A essas alturas você já deve saber que a história de Pobres Criaturas é inspirada no clássico Frankenstein, certo? Se ainda não tinha ligado os pontos, a obra de Gray não apenas busca inspiração, mas amplia as reflexões propostas por Mary Shelley em sua obra. Estamos falando de um cientista que lança seu “experimento” ao mundo. Tanto a Criatura de Frankenstein como Bella buscam entender o seu lugar no mundo.

A dica especial da Caveira é conhecer Frankenstein: Monster Edition, publicada pela Macabra em parceria com a DarkSide® Books. Isso porque as ilustrações de Bernie Wrightson têm tudo a ver com a atmosfera do início do filme, em preto e branco, antes de Bella sair para desbravar as cores do mundo. O semblante de Godwin Baxter também lembra bastante a feição da Criatura pelos traços de Wrighton.

2. Medicina Macabra

Ficou intrigado com os experimentos do dr. Godwin Baxter em Pobres Criaturas? Principalmente envolvendo corpos humanos? Bom, então você provavelmente vai ficar chocado com os relatos do primeiro volume de Medicina Macabra, retirados de registros reais da história da medicina, principalmente durante a Era Vitoriana.

Ok, talvez você não se depare com nenhuma tentativa de unir um buldogue a um pato, mas a medicina tinha algumas teorias e procedimentos que hoje em dia parecem bem malucos.

3. Frankenstein: Anatomia de Monstro

E se a gente juntasse Frankenstein e Medicina Macabra em um mesmo livro? Kathryn Harkup fez isso em Frankenstein: Anatomia de Monstro. A publicação da Biblioteca Medicina Macabra traz detalhes sobre a ciência da época de Mary Shelley, que serviu de inspiração e embasamento para aquele que é considerado o romance pioneiro da ficção científica.

Nessa obra, a autora se coloca como uma verdadeira cientista, uma espécie de Victor Frankenstein, e nos conduz por caminhos curiosos e elucidativos da nossa própria evolução. Em uma jornada de erupções vulcânicas, vidas artificiais, revoluções químicas, cirurgias experimentais e testes elétricos em cadáveres humanos, Frankenstein: Anatomia de Monstro costura de forma cirúrgica todo o contexto histórico e cultural da época de Shelley, quando o fascínio pelo desconhecido nos fez dar passos revolucionários e transformadores até os dias de hoje.

4. Mulheres Extraordinárias: As Criadoras e a Criatura

Se o que te fascinou mesmo em Pobres Criaturas foi a jornada de Bella Baxter para entender o mundo e o que ele espera das mulheres, você precisa ler Mulheres Extraordinárias: As Criadoras e a Criatura para conhecer melhor a história da própria Mary Shelley e de sua mãe, a escritora e ativista pelos direitos das mulheres, Mary Wollstonecraft.

Por ter um cérebro que une a ingenuidade infantil com a lógica científica aprendida na casa de Godwin Baxter, Bella tem muitos questionamentos e observa muitas incoerências do que era esperado das mulheres em sua época — muitas delas até os dias de hoje. Da mesma maneira, Shelley e Wollstonecraft desafiaram as noções do que era “certo” para uma mulher em suas épocas, aventurando-se pelos estudos, pela ciência, pela literatura e adotando modelos de relacionamentos amorosos que eram malvistos. Ao conhecer as biografias dessas duas mulheres percebemos que Bella Baxter tem muito mais das duas do que da Criatura concebida por Mary Shelley.