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8 Curiosidades Macabras sobre a Revolução Francesa

Marie Tussaud sobreviveu ao período por fazer máscaras mortais de pessoas decapitadas

20/04/2022

A Revolução Francesa foi um movimento que mudou completamente a forma de governo na França, disseminou seus ideais pelo planeta e influenciou mobilizações em todo o mundo. Porém, ela também foi marcada por muitas mortes e violência, principalmente durante o chamado Regime de Terror.

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Em Madame Tussaud: A Pequena Colecionadora de Corpos conhecemos a trajetória da artista Marie Tussaud, que quase se tornou uma das vítimas da Revolução. Por causa de suas conexões com a monarquia ela chegou a ser presa e seria executada na guilhotina, mas foi poupada a tempo em troca de serviços para os membros do movimento.

A Revolução durou cerca de uma década e seu legado envolve histórias chocantes, algumas apenas curiosas e outras horripilantes. Confira algumas delas:

1. Foram produzidas máscaras de morte das pessoas executadas

Por pouco Marie Tussaud não se tornou uma das vítimas executadas na Revolução Francesa. Foram suas habilidades como escultora de cera que a salvaram da guilhotina. Para ser poupada, a artista foi designada para produzir máscaras de morte de monarcas e aristocratas executados pelos revolucionários, como o Rei Luís XVI e Maria Antonieta.

Na maioria dos casos, as cabeças dos executados eram levadas diretamente da guilhotina para Tussaud. Ela as utilizava para produzir os moldes que dariam origem às réplicas de cera.

Créditos: Granger Collection

Máscaras de morte datam do antigo Egito e do Império Romano. Elas eram utilizadas para preservar os rostos de figuras importantes em uma época em que não existia a fotografia.

2. A Revolução foi precedida por um massacre de gatos

Quase meio século antes da Revolução houve um indício do descontentamento dos trabalhadores, e ele foi marcado pela morte de muitos gatos. Para contextualizar, na década de 1730 os aprendizes das gráficas ganhavam pouco, eram tratados de forma terrível por seus empregadores e frequentemente eram alimentados com “comida de gato” – restos de carne estragada que nem os próprios gatos comiam.

Para se vingar, um destes aprendizes se sentou do lado de fora do quarto de seu empregador e ficou miando. Após várias noites sem conseguir dormir, o homem achou que ele e sua esposa tinham sido amaldiçoados por bruxas – já que elas tinham gatos – e mandou que todos os gatos dos arredores fossem mortos.

Hoje em dia muitos historiadores indicam este episódio como um um indício da revolução dos trabalhadores, similar ao descontentamento social que fomentou a Revolução Francesa.

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3. A Bastilha foi destruída a mãos (literalmente)

O evento conhecido como o estopim da Revolução Francesa é a queda da Bastilha, uma fortaleza que também foi utilizada como presídio pela monarquia. Só que no dia em que isso aconteceu, 14 de julho de 1789, existiam apenas sete prisioneiros confinados no local – um deles era o Marquês de Sade.

Créditos: © Everett-Art/Shutterstock.com

A construção foi destruída pelas próprias mãos dos revolucionários, já que a maioria deles eram camponeses e, por isso, não tinham acesso a explosivos, armas ou maquinário pesado para destruir a construção de uma forma mais eficiente. Aliás, eles estavam mais interessados no armamento que existia dentro da Bastilha do que nos prisioneiros em si.

4. Jean-Paul Marat foi assassinado no banho

Uma das mortes mais emblemáticas da Revolução Francesa foi a do jornalista Jean-Paul Marat, que criticava os revolucionários conservadores e apoiava os jacobinos, uma subdivisão radical do movimento que acreditava que era necessário refazer a sociedade e eliminar todos os inimigos da Revolução

Créditos: Jacques-Louis David / Wikimedia Commons / Public Domain

Marat tinha um problema de pele e, no momento de sua morte, estava tomando um banho terapêutico em seu apartamento. Ele foi assassinado por Charlotte Corday, que dizia ter informações importantes para ele – o motivo para que ele permitisse que ela entrasse enquanto estava no banho. Ela o esfaqueou no peito, um fim que também foi imortalizado por uma escultura de cera.

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5. A Revolução apresentou a guilhotina ao mundo

Durante o Regime de Terror 18 mil pessoas foram oficialmente executadas, embora historiadores apontem que extraoficialmente o número possa chegar a 40 mil. Uma forma efetiva para matar tanta gente em um período de aproximadamente um ano foi a guilhotina, que foi inventada por um médico. O objeto é um dos macabros legados da Revolução.

Créditos: Georg Heinrich Sieveking / Wikimedia Commons

Mais macabro ainda é saber que as execuções por decapitação na guilhotina não eram apenas uma forma de eliminar os inimigos da Revolução: o ritual virou entretenimento para a população. Vendedores ambulantes distribuíam a programação de quem seria executado naquele dia, pessoas disputavam os melhores assentos, mulheres tricotando se tornaram frequentadoras assíduas e pais traziam seus filhos para assistir às mortes.

Mas se engana quem pensa que o fim do Regime de Terror ou da Revolução em si acabou com o uso da guilhotina. Ela se manteve como uma forma legalizada de execução na França até 1981, quando a pena de morte foi abolida. A última execução por decapitação na guilhotina ocorreu em 1977 – para se ter uma ideia, este foi o ano de lançamento de Uma Nova Esperança, primeiro filme da franquia Star Wars.

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6. A França adotou um calendário diferente

Todos sabem que no Calendário Gregoriano, adotado pela maioria dos países, os dias têm 24 horas, de 60 minutos cada, compostos por 60 segundos. Porém, entre 1793 e 1805 a França deixou de lado este sistema para adotar o Calendário da Revolução Francesa, que tinha dias de 10 horas, sendo que cada hora tinha 100 minutos, formados por 100 segundos. 

Créditos: The Horological Foundation

Os anos ainda tinham 12 meses, mas estes eram divididos em três semanas de 10 dicas cada. Curiosamente, este sistema é muito parecido com o calendário utilizado pelo Egito Antigo.

Apesar de ser uma tentativa de facilitar a contagem do tempo, o Calendário da Revolução não foi nada popular, principalmente porque os relógios não contavam o tempo desta forma e nem todo mundo pôde se dar ao luxo de trocá-los. Depois de pouco mais de um ano os revolucionários tornaram este modelo opcional, apesar de ele ter se mantido por 12 anos no total.

7. Revolucionários exumaram corpos da realeza para destruí-los

Parte do movimento antimonarquia defendia que todos os membros da família real – vivos ou mortos – eram inimigos da Revolução e precisavam ter sua memória destruída. Todos os símbolos da monarquia foram atacados, o que também significou exumar corpos de reis, rainhas e consortes. Em julho de 1793, violar e destruir tumbas reais se tornou um negócio oficial. 

Os revolucionários exumaram os corpos da Basílica de Saint-Denis, onde a maioria da realeza francesa havia sido enterrada. Os cadáveres eram depositados em uma grande vala, cobertos com cal e destruídos. Até mesmo corpos de pessoas que não eram da família real, mas eram associadas a ela, tiveram o mesmo destino.

8. A Família Real não conseguiu fugir porque o rosto de Luís XVI estava nas moedas

Quando as coisas começaram a esquentar na Revolução, a família real tentou fugir do país. Para qualquer pessoa que não morasse em Versalhes seria muito difícil saber a aparência da realeza. Não existiam fotos ou pinturas acessíveis para a classe trabalhadora. Mas havia uma forma principal de contato entre os franceses e o rei: as moedas.

Créditos: discoverwalks.com

Pelo fato de Luís XVI ter seu rosto estampado nas moedas francesas ele e sua família foram identificados quando tentavam cruzar a fronteira. O desfecho desta história nós já conhecemos: ele, sua esposa Maria Antonieta e outros membros da realeza acabaram executados na guilhotina.

Sobre Macabra

Avatar photoMacabra Filmes é a fazenda do terror. Compartilhamos o horror e a beleza, a vida e a morte. Brindamos com sangue as alegrias de existir. Cultivamos o primeiro suspiro, o abrir de olhos, o frio na espinha, o grito na montanha russa, o crepúsculo e a eterna escuridão. Para nós, o medo é natural — e a vida, um presente sobrenatural. É puro terror. 100% macabra.

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