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A estrada de tijolos amarelos de L. Frank Baum

Como a cidadezinha de Macatawa inspirou o autor de O Mágico de Oz.

12/11/2020

Lyman Frank Baum recebeu seu primeiro nome em homenagem ao seu tio, mas nunca gostou muito de ser chamado assim. Para familiares e amigos ele era Frank. Em sua carreira de ator, ele era Louis F. Baum. Como editor de jornal, L.F. Baum. No livro O Mágico de Oz, ele assina como L. Frank Baum. Mas para os moradores de Macatawa, ele era “O Homem Ganso”.

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O apelido data de 1899, quando Baum publicou Pai Ganso: Seu Livro, uma coletânea de poemas infantis. A publicação se tornou muito popular e foi crucial para a carreira do autor. Com os lucros das vendas, ele alugou um casarão vitoriano de verão no sul da península de Macatawa, no Lago Michigan, que acabou comprando mais tarde.

A residência recebeu o nome de “Placa do Ganso”. E não era para menos: dentro de seus diversos cômodos o animal era o tema da decoração, presente por meio de miniaturas e pintado nas paredes de uma das salas. Na varanda, havia ainda uma placa redonda com um ganso logo acima da escada, que deu nome à casa. Para o autor, a residência era um refúgio para criar suas obras, como O Mágico de Oz.

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A influência de Macatawa na vida e obra de L. Frank Baum

Supostamente, seu trabalho mais significativo, O Mágico de Oz, teria sido escrito em Chicago. No entanto, muitas das cenas das florestas de Oz se assemelha às passagens de Macatawa. Segundo seu bisneto, Bob Baum, o livro provavelmente teve passagens escritas e inspiradas naquela região: a influência para a estrada de tijolos amarelos teria saído de um castelo em Castle Park e as personagens teriam sido inspiradas em moradores locais.

Uma matéria antiga de jornal que relata a visita de um jornalista à Placa do Ganso detalha que Baum era bem popular na vizinhança, principalmente entre crianças. Ele as recebia em casa e lia as fábulas e contos de fada cujos livros preenchiam suas estantes. O escritor também gostava de passar seu tempo na residência respondendo correspondências de fãs

L. Frank Baum conhecia tão bem os moradores locais que escreveu um livro em 1907 dedicado a eles: Tamacawa Folks: A Summer Comedy. Tamacawa, neste caso, era um evidente anagrama para Macatawa. 

Porém, o autor não gostava da forma com que a associação de moradores gerenciava as negociações de imóveis e se inspirou nisso para escrever este livro. Isso causou uma espécie de revolta na região, mas Baum atingiu o seu objetivo e os membros da associação foram eventualmente substituídos.

Um Baum mais experiente sob o pseudônimo John Estes Cooke escreveu uma explicação na apresentação do livro: “Tamacawa existe e é tão linda quanto descrevi. Eu a escolhi como cenário da minha história porque uma vez passei um verão inteiro lá e fiquei fascinado por seus encantos incomparáveis”. A obra é uma compilação das personalidades mais curiosas com quem o escritor se deparou na região.

Apesar de o casarão de Baum não existir mais, o autor deixou seu legado no vilarejo e suas inspirações do local que foram reproduzidas em O Mágico de Oz vivem até hoje por meio de filmes e peças de teatro

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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