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7 Mulheres do cinema de terror que se destacaram em 2022

Nesse ano quem tocou o terror foram elas

22/12/2022

Mulheres e cinema de terror andam juntos há décadas. De scream queens a final girls geniais, elas seguem cavando com as próprias unhas seu tão merecido, porém muitas vezes negligenciado, lugar no cinema do gênero. Lugar de mulher é no set, nos bastidores e também gritando “ação!”.

Em A Dama e a Criatura somos apresentados à história real da designer de monstros Milicent Patrick, que desenvolveu todo o conceito e deu vida à criatura de O Monstro da Lagoa Negra. Porém, a atenção que atraiu na época, somada ao fato de ela ser mulher em uma indústria dominada por homens, fez com que suas contribuições fossem esquecidas pela história.

Milicent foi uma das pioneiras no gênero e abriu caminhos para muitas outras profissionais que provam que mulher entende muito bem de terror, sim senhores! O legado dela e de tantas outras profissionais do ramo se fortalecem a cada dia. Prova disso são as cineastas que se destacaram nesse ano que passou, com produções pra lá de horripilantes. Confira a lista poderosa da Caveira das mulheres que definiram o terror em 2022:

1. Joanna Hogg

A premiada cineasta inglesa anos dirigiu o longa The Eternal Daughter, protagonizado pela poderosíssima e camaleônica Tilda Swinton. Nessa história de fantasmas, uma mulher e sua mãe idosa devem confrontar segredos há muito tempo enterrados quando elas retornam à sua antiga casa, que um dia já foi uma vistosa mansão, e se tornou um hotel repleto de mistério. O longa foi considerado uma das dez melhores produções independentes do ano pelo National Board Review dos Estados Unidos.

2. Mimi Cave

Vinda do universo dos curtas e videoclipes, Mimi Cave deixou o mundo inteiro faminto por novos filmes dela após o lançamento de Fresh. Com um início que mais lembra uma comédia romântica, a cineasta surpreendeu a todos quando o filme se encaminhou para uma situação de cativeiro e tráfico de carne humana. Aliás, Fresh é todo trabalhado no girl power: a roteirista é Lauryn Kahn.

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3. Halina Reijn

Essa holandesa é uma verdadeira potência no mundo da dramaturgia. Além da carreira de atriz (teatro, TV e cinema), Halina Reijn é autora, produtora e diretora. Nesse ano, ela trouxe o terror para os dilemas da geração Z com o inusitado Morte, Morte, Morte, um slasher iluminado por bastões de neon e lanternas de smartphone. Halina foi indicada na categoria de Melhor Direção do Independent Spirit Awards desse ano.

4. Carlota Pereda

Diretora e roteirista espanhola, Carlota Pereda se destacou em 2022 com o filme Porquinha. Na trama, Sara é uma jovem que lida constantemente com bullying e julgamentos das outras garotas da vizinhança. Em determinado dia, um misterioso homem as sequestra, deixando apenas Sara e tornando-a cúmplice do desaparecimento. Tanto o filme como a cineasta acumularam indicações e premiações em diferentes países.

5. Iris K. Shim

A transição de Iris K. Shim do mundo dos documentários para o cinema de terror contou com a ajuda da atriz Sandra Oh e de Sam Raimi, que produziu o longa Umma, dirigido e roteirizado por Shim. O longa conta a história de Amanda e sua filha, que vivem em uma pacata fazenda nos Estados Unidos. Porém, quando as cinzas da mãe de Amanda vêm da Coreia, ela passa a ser assombrada pelo medo de se tornar a própria mãe.

6. Beth de Araújo

Nascida nos Estados Unidos, porém filha de uma mãe descendente de chineses e pai brasileiro, Beth De Araújo estreou nesse ano com o longa-metragem Soft & Quiet, lançado pela Blumhouse. O thriller se passa em tempo real e acompanha o período de uma tarde na vida de uma professora do ensino fundamental que reúne diversas mulheres que pensam da mesma maneira. Quando o grupo volta para casa, a professora se depara com uma mulher de seu passado, que desencadeia uma sequência de eventos imprevisíveis. Beth foi indicada como Cineasta Revelação no Gotham Awards.

7. Nikyatu Jusu

Filha de uma imigrante de Serra Leoa, Nikyatu Jusu se baseou nas experiências da mãe para criar o thriller sobrenatural Nanny, que acompanha a história de uma imigrante senegalesa que trabalha como babá em Nova York na esperança de trazer seu filho para o país. O filme mistura elementos do folclore da África Ocidental ao mito do sonho americano em um suspense psicológico que põe à prova a sanidade da protagonista. O longa levou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance e Nikyatu ganhou o prêmio de cineasta revelação no Independent Spirit Awards.