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Kerri Maniscalco: “Escrevi um livro que eu e minha avó iríamos adorar”

Confira a entrevista exclusiva de Kerri Maniscalco, autora da série Rastro de Sangue

15/10/2021

Fatos históricos e ficção se encontram na série Rastro de Sangue, da escritora Kerri Maniscalco, que lançou recentemente o aguardado volume 4: Holmes, o Maligno. Os livros publicados pelo selo DarkLove reúnem figuras históricas, lendas urbanas e personagens icônicos nas aventuras de Audrey Rose e Thomas Cresswell, que se veem em mistérios envolvendo Conde Drácula, Harry Houdini e Jack, o Estripador. Um novo título

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Uma contadora de histórias nata, Kerri Maniscalco sempre gostou de criar personagens, imaginar suas histórias de vida e contar suas aventuras. A ex-estudante de Belas-Artes mudou de carreira para o ramo do Marketing e Design Gráfico e até tentou seguir pela área forense, mas o gosto por solucionar mistérios e narrar aventuras repletas de suspense a direcionou para a escrita.

Em entrevista exclusiva ao DarkBlog, a autora de Rastro de Sangue comenta um pouco sobre sua carreira como escritora, suas influências e inspirações para as aventuras de Rose e Thomas e antecipa o que os leitores podem esperar da conclusão da série. Confira.

Créditos: Kelli Maniscalco @ Dogwood Lane

DarkSide: Como você descobriu que queria ser escritora?

Kerri Maniscalco: Contar histórias é algo que sempre me empolgou desde que me conheço por gente. Quando eu era pequena costumava criar meus próprios programas de TV com meus brinquedos. Eu dava a eles todo tipo de história de fundo e entrava no âmago de quem eles eram. Meu pai tem vídeos com estes “programas” que me fariam passar vergonha.

D: Quais foram os primeiros passos na sua carreira de escritora? Quais foram as motivações, dificuldades?

KM: Houve um ano em que a minha vida inteira se desfez em chamas. Eu perdi o meu emprego, saí de um relacionamento tóxico, perdi a minha casa e tive que começar do zero. Parecia que, por pior que fosse esta situação, era também uma oportunidade de eu realizar meus sonhos. Eu escrevi seis ou sete livros antes de vender Rastro de Sangue: Jack, O Estripador. Então, eu acredito que sempre existem desafios, mas ser determinada e continuar tentando é o que uma hora irá abrir portas.

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D: Rastro de Sangue é um sucesso no Brasil e no mundo. De onde você buscou inspiração para escrever a série?

KM: Eu era muito próxima à minha avó e nós sempre gostávamos de assistir programas de mistério e investigações na TV, e de ler livros de mistério. Quando ela faleceu, eu decidi que não iria me preocupar com que tipo de livros estariam vendendo atualmente. Eu escrevi um livro que nós duas iríamos adorar e incluí elementos que eram os meus favoritos e da minha avó também.

D: Seus livros são conhecidos por explorarem crimes reais, lendas urbanas e figuras históricas. Como é a sua pesquisa para criar tais histórias e qual a principal dificuldade em transformá-las em ficção?

KM: A pesquisa tem um papel GIGANTE em captar o tom e a atmosfera. Eu sou uma grande fã da atmosfera – de como uma ambientação pode ter o seu próprio tom e papel sinistro – e, ao mesmo tempo em que estou investigando diferentes aspectos históricos, eu anoto observações, ideias e sentimentos. Isso ajuda com tudo, desde o desenvolvimento dos personagens, até seus papéis na sociedade e como eles veem seus arredores. É sempre difícil aprender o que deve permanecer e o que deve ser cortado. 

D: Qual livro foi mais difícil de escrever e por quê?

KM: Rastro de Sangue: Príncipe Drácula foi o mais difícil para mim por alguns motivos. Escrever uma continuação é uma experiência bem diferente – você tem prazos mais curtos, expectativas dos leitores, suas próprias expectativas, e muito mais gente envolvida. Também foi um período logo antes de eu ter sido diagnosticada com a doença de Lyme. Eu mal conseguia me sentar na cama por mais de quinze minutos sem desabar, todos os meus principais órgãos estavam sendo atacados, tive dificuldade de falar, não conseguia me lembrar de nada que estava escrevendo e eu literalmente escrevia uma frase por vez, incapaz de me lembrar o que já havia escrito. Eu também tive que praticamente reescrever o livro inteiro, então eu tenho bastante orgulho de tudo o que superei durante a publicação daquele livro.

D: Os fãs brasileiros são apaixonados pelos protagonistas Audrey Rose e Thomas Cresswell. Com qual personagem você se identifica mais e por quê?

KM: Eu acho que com um pouco de cada. Eu amo aspectos diferentes de cada uma de suas personalidades e adoro a forma com que brincam um com o outro. Eu queria que ele representasse um homem ligeiramente mais velho que se aproveita de alguém mais ingênua e menos experiente. Eu acredito que o perigo de personagens como ele é a forma com que podem soar encantadores, então é fácil culpar os outros. Não posso entregar muito, mas o vilão do último livro foi o mais difícil de elaborar, principalmente porque tenho plantado sementinhas a respeito desde o primeiro livro.

D: Você tem algum conselho para quem gostaria de ser escritor?

KM: Leia o quanto puder e seja o mais abrangente possível. Conte a história que está no seu coração. Do que você gosta? Quais as suas paixões? Isso sempre se traduz na página. Procure não se preocupar com o mercado, ou escrever algo que é tendência. Mas o meu conselho mais importante? Nunca desista. Se o seu primeiro livro não der certo, escreva outro. Quando eu estava entrevistando agentes eu sempre estava trabalhando no próximo projeto. Isso te mantém ocupado e te ajuda a refinar a sua arte. 

D: O que os leitores podem esperar do fim da série Rastro de Sangue?

KM: Romance, mistério, e finalmente desmascarar um assassino que tem assombrado Audrey Rose e Thomas ao longo de toda a série. Acima de qualquer coisa, eu espero que os leitores amem o desfecho da série.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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